Cinema: A Grande Aposta

A Grande Aposta

A crise vivida pelos Estados Unidos em 2008 virou filme nas mãos de Adam McKay. Estrelado por um grande elenco, divididos em quatro núcleos, o longa mostra o capitalismo de maneira nua e crua, aconteça o que acontecer.

O filme fica centrado nos personagens de Steve Carell, Ryan Gosling, Christian Bale e Brad Pitt. Todos eles têm objetivos em comum, lucrar com a crise que vai estourar.  Independente das classes sociais que vão arcar com o prejuízo. O quarteto que em poucas cenas contracenam juntos, ficam fazendo projeções e esperando a crise chegar para colher os frutos. Cabe a nós acompanharmos todo esse jogo envolvendo muito dinheiro e que ainda tem tempo para colocar muita cultura atual, seja com músicas ou personalidades desta época aparecendo em cena.

Mesmo com um elenco estelar, o filme tem um roteiro confuso em seu início. Se você, assim como eu, não estiver acostumado a esse tipo de assunto, como ações da bolsa, hipoteca e um monte de outras siglas que eles tratam, vai achar a história um pouco desinteressante. O filme melhora muito na sua reta final, próximo de acontecer toda a crise que eles preverão.

Steve Carell tem a melhor atuação entre os quatro protagonistas. Seu personagem tem a aparência cansada e confusa no meio de tanta informação que é lançada. Brad Pitt tem uma atuação normal, que não exige dele nada demais. Ryan Gosling é uma cópia de Jordan Belfort, que Leonardo DiCaprio interpretou em O Lobo de Wall Street, porém, seu personagem não tem o mesmo carisma que o de DiCaprio. Christian Bale tem um ótimo início, com seus trejeitos, porém seu personagem vai perdendo espaço conforme a história avança.

A trilha sonora do filme merece destaque. Músicas atuais de cantores americanos, até clássicas fazem parte do filme. O rock também está presente graças ao personagem de Christian Bale. O filme também tem uma ótima montagem. No mais, o longa vai muito bem.

A Grande Aposta é um filme que tem um enredo difícil de se deixar conquistar. Envolvendo números, projeções, crises, entre outras coisas, foi um filme lembrado pela Academia, mas que não deve fazer nada demais na noite do Oscar.

Nota 7

The Big Short, 2015. Direção: Adam McKay. Com: Ryan Gosling, Christian Bale, Steve Carell, Brad Pitt, Shauna Rappold, John Magaro, Melissa Leo, Marisa Tomei. 130 Min. Drama.

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Oscar 2016: Indicados

oscar 2016

Hoje (14/01) foi divulgada a lista dos indicados ao Oscar 2016. Entre favoritos e surpresas, O Regresso lidera com 12 indicações, seguido de Mad Max: Estrada da Fúria com 10. E tem brasileiro concorrendo! A animação O Menino e o Mundo enfrenta o favoritíssimo Divertida Mente na categoria Melhor Animação. Vamos a lista completa:

Melhor Filme

Mad Max: Estrada da Fúria
O Regresso
O Quarto de Jack
Spotlight: Segredos Revelados
A Grande Aposta
Ponte dos Espiões
Brooklyn
Perdido em Marte

Melhor Diretor

Alejandro G. Iñárritu (O Regresso)
Tom McCarthy (Spotlight: Segredos Revelados)
Adam McKay (A Grande Aposta)
George Miller (Mad Max: Estrada da Fúria)
Lenny Abrahamson (O Quarto de Jack)

Melhor Atriz

Cate Blanchett (Carol)
Brie Larson (O Quarto de Jack)
Saoirse Ronan (Brooklyn)
Charlotte Rampling (45 Anos)
Jennifer Lawrence (Joy: o Nome do Sucesso)

Melhor Ator

Bryan Cranston (Trumbo)
Leonardo DiCaprio (O Regresso)
Michael Fassbender (Steve Jobs)
Eddie Redmayne (A Garota Dinamarquesa)
Matt Damon (Perdido em Marte)

Melhor Ator Coadjuvante

Christian Bale (A Grande Aposta)
Tom Hardy (O Regresso)
Mark Ruffalo (Spotlight: Segredos Revelados)
Mark Rylance (Ponte dos Espiões)
Sylvester Stallone (Creed: Nascido para Lutar)

Melhor Atriz Coadjuvante

Jennifer Jason Leigh (Os 8 Odiados)
Rooney Mara (Carol)
Rachel McAdams (Spotlight: Segredos Revelados)
Alicia Vikander (A Garota Dinamarquesa)
Kate Winslet (Steve Jobs)

Melhor Roteiro Original

Ponte dos Espiões
Ex Machina
Divertida Mente
Spotlight: Segredos Revelados
Straigh Outta Comptom

Melhor Roteiro Adaptado

A Grande Aposta
Brooklyn
Carol
Perdido em Marte
O Quarto de Jack

Melhor Animação

Anomalisa
Divertida Mente
Shaun, o Carneiro
O Menino e o Mundo
As Memórias de Marnie

Melhor Documentário em Curta-Metragem

Body Team 12
Chau, Beyond The Lines
Claude Lanzmann: Spectres Of The Shoah
A Girl In The River: The Price Of Forgiveness
Last Day Of Freedom

Melhor Documentário em Longa-Metragem

Amy
Cartel Land
O Peso do Silêncio
What Happened, Miss Simone?
Winter on Fire: Ukraine’s Fight fo Freedom

Melhor Filme Estrangeiro

Theeb (Jordânia)
A War (Dinamarca)
Mustang (França)
Saul Fia (Son Of Saul) (Hungria)
Embrace Of The Serpent (Colombia)

Melhor Curta-Metragem

Ave Maria
Day One
Everything Will Be Okay (Alles Wird Gut)
Shok
Stutterer

Melhor Curta em Animação

Bear Story
Prologue
Os Heróis de Sanjay
We Can’t Live Without Cosmos
World of Tomorrow

Melhor Canção Original

“Earned It” (Cinquenta Tons de Cinza)
“Manta Ray” (Racing Extinction)
“Simple Song #3” (Youth)
“Writing’s On The Wall” (007 Contra Spectre)
“Til It Happens To You” (The Hunting Ground)

Melhor Fotografia

Carol
Mad Max: Estrada da Fúria
O Regresso
Sicario: Terra de Ninguém
Os 8 Odiados

Melhor Figurino

O Regresso
Carol
Cinderela
A Garota Dinamarquesa
Mad Max: Estrada da Fúria

Melhor Maquiagem e Cabelo

The 100-Year-Old Man Who Climbed out The Window And Disappeared
Mad Max: Estrada da Fúria
O Regresso

Melhor Mixagem de Som

Ponte dos Espiões
Mad Max: Estrada da Fúria
Perdido em Marte
O Regresso
Star Wars: O Despertar da Força

Melhor Edição de Som

Sicario: Terra de Ninguém
Mad Max: Estrada da Fúria
Perdido em Marte
O Regresso
Star Wars: O Despertar da Força

Melhores Efeitos Visuais

Star Wars: O Despertar da Força
Mad Max: Estrada da Fúria
Perdido em Marte
Ex Machina
O Regresso

Melhor Design de Produção

Ponte dos Espiões
A Garota Dinamarquesa
Mad Max: Estrada da Fúria
Perdido em Marte
O Regresso

Melhor Edição

A Grande Aposta
Mad Max: Estrada da Fúria
O Regresso
Spotlight – Segredos Revelados
Star Wars: O Despertar da Força

Melhor Trilha Sonora

Carol
Os 8 Odiados
Sicario: Terra de Ninguém
Ponte dos Espiões
Star Wars: O Despertar da Força

A Cerimônia do Oscar acontece na noite do dia 28 de fevereiro e será apresentada pelo ator Chris Rock.

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Cinema: Êxodo – Deuses e Reis

Bale se esforça como Moisés, porém o roteiro fraco prejudica o filme.

Bale se esforça como Moisés, porém o roteiro fraco prejudica o filme.

As histórias bíblicas estão em alta em Hollywood, além de estarem sendo feitas por grandes nomes do cinema. No início de 2014, tivemos o longa Noé, dirigido por Darren Aronofsky e trazendo Russell Crowe como o personagem principal, Noé. Em Êxodo: Deuses e Reis, temos Ridley Scott dirigindo e Christian Bale interpretando Moisés. Mas, trabalhar com histórias Bíblicas também rende críticas, principalmente dos fiéis da Igreja, tendo em vista que esses diretores por terem um certo poder na indústria do Cinema, tem o poder de, digamos, modificar a história Bíblica na hora de dirigir o filme.

A Igreja massacrou de críticas o filme Noé. Aronofsky, que é ateu, tinha deixado bem claro desde o início que o filme não seguiria a Bíblia, e que ali era a sua versão da história do dilúvio. Ridley Scott não fez tantas mudanças quanto Aronofsky, mas também está recebendo críticas por algumas modificações feitas à história bíblica. Afinal de contas, o Moisés de Christian Bale anda com uma espada e não um cajado, além dele não abrir o mar vermelho. Ridley Scott é agnóstico, e ele mesmo disse que isso era uma coisa boa para dirigir essa história. Mas será que o filme realmente ficou bom?

O filme de Ridley Scott por se tratar de um épico onde acontecem batalhas e coisas do tipo, deveria ser bem dramático, ter bastante emoção e, quem sabe, fazer o público chorar. É justamente nessa parte onde está o erro do filme. O longa durante os seus 150 minutos, não passa emoção nenhuma, carece muito disso. Apesar de vermos na tela as pragas do Egito, crianças aparecendo mortas, as batalhas, mas nada gera emoção. Um roteiro mais desenvolvido e que apresentasse melhor os personagens poderia ter resolvido esse problema. Porém, como é visto na tela, o diretor optou por dar mais enfoque nas grandes batalhas, e não na emoção dos personagens.

O filme tecnicamente é perfeito. Efeitos especiais excelentes, acompanhados de cenas de batalhas muito bem dirigidas. A Fotografia do filme também merece destaque. A trilha sonora está ótima, pena que a mesma não tem o roteiro que merece para fazer emocionar no momento certo. A qualidade técnica do som utilizada no filme também está de parabéns.

Christian Bale mais uma vez entrega uma ótima atuação. O seu Moisés é duro em suas ações, questionador quanto às tarefas que Deus impõe a ele, bem diferente do Noé de Russell Crowe. Joel Edgerton deixa um pouco a desejar como Ramses, mas seu personagem pode ter sido prejudicado pela falta de trato no roteiro. Quem merece destaque é o pequeno Isaac Andrews, de apenas 11 anos que tem a responsabilidade de interpretar Deus. Ridley Scott acertou muito em colocar uma criança para interpretar o Senhor, porém colocando a autoridade necessária em cena. O garoto vai muito bem em todas as cenas que aparece ao lado de Christian Bale. O longa ainda conta com atores conhecidos como John Turturro, Aaron Paul, Sigourney Weaver e Ben Kingsley.

Grandioso, mas faltando emoção. Êxodo: Deuses e Reis vale pela atuação de Bale, de Andrews e pelo lado técnico. Infelizmente na história faltou aquela emoção. Emoção que o próprio Ridley Scott nos deu em Gladiador. Apesar de tudo, merece ser visto, mas não será marcante.

Nota 6

Exodus: Gods and Kings, 2014. Direção: Ridley Scott. Com: Christian Bale, Joel Edgerton, John Turturro, Aaron Paul, María Valverde, Sigourney Weaver, Ben Kingsley, Isaac Andrews. 150 Min. Drama.

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Cinema: Trapaça

Trapaça: Elenco talentoso e roteiro lento.

Trapaça: Elenco talentoso e roteiro lento.

O título nacional do filme já deixa claro de que se trata o roteiro do longa, e podemos atribuir também ao título o tipo de entretenimento ofertado pela película. Trapaça tem um bom diretor, elenco de peso e uma boa história, porém contada de forma prolongada demais, o que depois de certo momento, se torna enfadonho aguardar pelo desfecho do filme. David O. Russell cumpre com muito louvor sua tarefa de direção, prova disso é a indicação ao Oscar. As tomadas são muito bem realizadas, dando enfoque ao clima Noir da época em que se passa a história, nunca deixando a leveza do dia ou o clima pesado na noite tomar conta do filme, tudo tem seu momento certo. O elenco do filme é por si só um atrativo, os principais nomes da nova geração formam o elenco principal: Bradley Cooper, Christian Bale, Amy Adams, Jeremy Renner, Jennifer Lawrence, cada um deles é peça fundamental e responsável por tornar o filme capaz de levar o grande público ao cinema.

Richie DiMaso (Bradley Cooper) é um agente do FBI que encontra-se envolto em uma investigação sobre falsários. Durante a investigação, Richie terá como auxiliares Irving Rosenfeld (Christian Bale) e Edith Greensly (Amy Adams), dois falsários de pequeno porte, que serão usados pelo agente na busca de prender o chefe do esquema, Carmine Polito (Jeremy Renner), prefeito do distrito onde se passa a história, e que utiliza o cargo para realizar suas falcatruas. No elenco ainda podemos encontrar Rosalyn Rosenfeld (Jennifer Lawrence), a esposa traída de Irving Rosenfeld, Sheik (Michael Peña), um agente do FBI disfarçado de sheik árabe interessado em participar do esquema de falcatruas e o mafioso Victor Tellegio (Robert De Niro). Tudo poderia ter dado certo neste filme, se não fosse a demora dos acontecimentos, a película é por demais demorada, fazendo o público torcer pela chegada dos créditos finais. David O. Russell poderia ter reduzido no mínimo uma meia hora do filme e ter colocado um clima mais dinâmico para os fatos. Não posso considerar o filme um desperdício, pois é uma boa diversão e, por sorte, prende o público na primeira parte e faz com que este aguarde pela demorada conclusão. Amy faz seu trabalho muito bem, mas não julgo esta atuação capaz de ganhar o Oscar. No entanto, poderá até levar a estatueta para casa, pois podemos esperar de tudo da Academia.

Nota 6-5

American Hustle, 2013. Direção:David O. Russell. Com: Christian Bale, Bradley Cooper, Amy Adams, Jeremy Renner, Jennifer Lawrence, Louis C. K., Jack Huston, Michael Peña. 138 Min. Drama.

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Trapaça é o principal destaque do Globo de Ouro 2014

Como todos sabem, a cerimônia do Globo de Ouro é um aquecimento para a noite da entrega do Oscar. Com ela apontamos os favoritos à grande noite de premiação ao Oscar, as possíveis surpresas, e porque não, as possíveis decepções.

trapaça

Elenco e envolvidos em “Trapaça”.

Na cerimônia realizada na noite do dia 12/01, o Globo de Ouro se mostrou bem dividido entre os filmes. Mas,  o que conseguimos observar é que Trapaça vai chegar forte para o Oscar. O filme Dallas Buyers Club se mostra forte nas categorias de Ator e Ator Coadjuvante. Jennifer Lawrence comprovou mesmo estar em ótima fase e levou mais um prêmio para casa. Apesar da polêmica por O Lobo de Wall Street, Leonardo DiCaprio ganhou o prêmio na categoria Ator Comédia/Musical, categoria essa que era uma das mais difíceis, já que o ator disputava com Christian Bale e Joaquin Phoenix. Por outro lado, o filme 12 Anos de Escravidão que concorria a sete Globo de Ouro decepcionou um pouco e ganhou apenas um prêmio, porém  o mais importante da noite, a categoria de Melhor Filme Drama… Seria 12 Anos de Escravidão um provável azarão na noite do Oscar? E A Vida Secreta de Walter Mitty que o mundo falou tão bem, terá alguma chance no Oscar depois de ter sido totalmente ignorado pelo Globo de Ouro? Bem, isso só vamos saber depois, enquanto isso confira os vencedores do Globo de Ouro:

Melhor Filme Drama

12 Anos de Escravidão
Capitão Phillips
Gravidade
Philomena
Rush – No Limite da Emoção

Melhor Ator Drama

Chiwetel Ejiofor – 12 Anos de Escravidão
Idris Elba – Mandela: Long Walk to Freedom
Tom Hanks – Capitão Phillips
Matthew McConaughey – Dallas Buyers Club
Robert Redford – All is Lost

Melhor Atriz Drama

Cate Blanchett – Blue Jasmine
Sandra Bullock – Gravidade
Judy Dench – Philomena
Emma Thompson – Walt nos Bastidores de Mary Poppins
Kate Winslet – Refém da Paixão

Melhor Filme Comédia/Musical

Trapaça
Ela
Inside Llewyn Davis
Nebraska
O Lobo de Wall Street

Melhor Ator Comédia/Musical

Christian Bale – Trapaça
Bruce Dern – Nebraska
Leonardo DiCaprio – O Lobo de Wall Street
Oscar Isaac – Inside Llewyn Davis
Joaquin Phoenix – Ela

Melhor Atriz Comédia/Musical

Amy Adams – Trapaça
Julie Delphy – Antes da Meia-Noite
Greta Gerwig – Frances Ha
Julia Louis-Dreyfus – À Procura do Amor
Meryl Streep – Álbum de Família

Melhor Diretor

Alfonso Cuarón – Gravidade
Paul Greengrass – Capitão Phillips
Steve McQueen –12 Anos de Escravidão
Alexander Payne – Nebraska
David O. Russell – Trapaça

Melhor Animação

Os Croods
Meu Malvado Favorito 2
Frozen: Uma Aventura Congelante

Melhor Filme Estrangeiro

Azul é a Cor Mais Quente (França)
A Grande Beleza (Itália)
A Caça (Dinamarca)
O Passado (Irã)
Vidas ao Vento (Japão)

Melhor roteiro

Spike Jonze – Ela
Bob Nelson – Nebraska
Jeff Pope Steve – Philomena
John Ridley – 12 Anos de Escravidão
David O. Russell – Trapaça

Melhor Ator Coadjuvante

Barkhad Abdi – Capitão Phillips
Daniel Bruhl – Rush – No Limite da Emoção
Bradley Cooper – Trapaça
Michael Fassbender –12 Anos de Escravidão
Jared Leto – Dallas Buyers Club

Melhor Atriz Coadjuvante

Sally Hawkins – Blue Jasmine
Jennifer Lawrence – Trapaça
Lupita Nyong’o – 12 Anos de Escravidão
Julia Roberts – Álbum de Família
June Squibb – Nebraska

Melhor Canção Original

“Atlas” – Jogos Vorazes – Em Chamas
“Let it Go” – Frozen – Uma Aventura Congelante
“Ordinary Love” – Mandela: Long Walk to Freedom
“Please Mr Kennedy” – Inside Llewyn Davis
“Sweeter Than Fiction” – One Chance

Melhor Trilha Sonora Original

All is Lost
Mandela: Long Walk to Freedom
Gravidade
A Menina que Roubava Livros
12 Anos de Escravidão

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Os Melhores de 2012

Os Melhores

Depois de um 2012 cheio de blockbusters e ótimos filmes, chegou a hora de sabermos quais são os destaques de 2012. As enquetes que escolheram os melhores nas categorias de Filme, Diretor, Ator e Atriz estavam na Fanpage do Claquetes (http://www.facebook.com/claquetes). Mas chega de conversa, e vamos aos Melhores de 2012!

Melhor Filme

Melhor Filme

1º) Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge48%
2º) O Hobbit: Uma Jornada Inesperada19%
3º) Millennium: Os Homens Que Não Amavam as Mulheres14%

Outros: 19%

Não teve pra ninguém. Ignorado no Oscar, o Batman de Nolan foi eleito com praticamente metade dos votos, o filme do ano! O retorno à Terra Média, garantiu para O Hobbit o segundo lugar. E Millennium, conseguiu um lugar no pódium.

Melhor Diretor

Melhor Diretor

1º) Christopher Nolan – Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge46%
2º) Steven Spielberg – Cavalo de Guerra21%
3º) Peter Jackson – O Hobbit: Uma Jornada Inesperada13%

Outros: 20%

Melhor filme, melhor diretor! Nolan fica com 46% dos votos, e é eleito o melhor diretor do ano. Spielberg e o seu Cavalo de Guerra, ficaram em segundo, e Peter Jackson fica em terceiro, com O Hobbit.

Melhor Ator

Melhor Ator

1º) Christian Bale – Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge55%
2º) Brad Pitt – O Homem Que Mudou o Jogo11%
3º) Tom Cruise – Rock Of Ages: O Filme9%

Outros: 25%

Terceiro colocado ano passado, Bale destruiu os adversários na categoria Melhor Ator, e obteve mais da metade dos votos… A Incrível atuação de Brad Pitt em O Homem Que Mudou o Jogo deu ao ator o segundo lugar. Tom Cruise com uma atuação pra lá de divertida em Rock Of Ages: O Filme, deu ao ator o terceiro lugar.

Melhor Atriz

Melhor Atriz

1º) Charlize Theron – Branca de Neve e o Caçador37%
2º) Meryl Streep – A Dama de Ferro29%
3º) Rooney Mara – Millennium: Os Homens Que Não Amavam as Mulheres21%

Outras: 13%

E quem diria, Charlize Theron vence na categoria de melhor atriz. A pra lá de favorita Meryl Streep ficou perto, mas teve que se contentar com o segundo lugar. E Rooney Mara levou o terceiro lugar.

Então é isso, obrigado a todos que acessaram a fanpage e ajudaram a escolher Os Melhores do Ano em 2012… Ano que vem, tem mais…

Evilmar S. de Almeida é comentarista de cinema do Claquetes. Instrutor de Informática por profissão e cinéfilo por natureza, é fundador e Editor Chefe do Claquetes desde 2011.

Cinema: Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge

Ressurgimento, Responsabilidade e Sacrifício…

Bane e Batman: O futuro de Gotham em jogo.

Passaram-se oito anos desde que Batman desapareceu na noite, e naquele instante passou de herói a vilão. Ao assumir a culpa pela morte do promotor Harvey Dent, o Cavaleiro das Trevas sacrificou tudo o que era importante para ele, e agora sofre uma perseguição liderada por seu amigo Comissário Gordon. Agora, ele terá de lidar com a chegada de um ladra muito esperta e misteriosa. Muito mais perigoso, no entanto, é o aparecimento de Bane, um terrorista mascarado, cujo plano é tirar Bruce desse exílio auto-imposto.

Momentos como esse no cinema são raros. O encerramento de uma saga, ou uma trilogia que marcou o público, e assim fez deste, um dos filmes mais esperados de todos os tempos. Há nove anos atrás tive o privilégio de ver o encerramento da saga O Senhor dos Anéis, e ano passado o de Harry Potter. Quanto a minha expectativa pelo fim da saga do homem-morcego pelas mãos de Christopher Nolan, eram enormes. Fiquei longe de cada viral que tinha na internet, me escondia de cada trailer (cheguei a abaixar a cabeça em duas sessões de cinema que exibiram o trailer do filme). Tudo isso porque eu queria ver tudo apenas com  o filme pronto. Queria sentir toda a emoção apenas de uma vez. E toda a espera valeu a pena. Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge, é o filme do ano!

Quanto as atuações, Christian Bale está mais uma vez muito bem. Incrível como ele passa credibilidade, e neste filme ele está melhor do que nunca. Comparando com os outros dois filmes da franquia, essa é a sua melhor atuação, talvez pelo fato do personagem está vivendo um momento mais dramático. Tom Hardy, o Bane, está perfeito. Nolan não poderia ter escolhido um personagem melhor para ser o vilão do filme, e Tom Hardy entregou uma atuação espetacular, que realmente mete medo. Falando sobre os outros personagens, muita gente desconfiava da personagem Selina, que ganha vida na perfomance de Anne Hathaway. Mas como eu tinha dito, em Nolan eu confio. E Anne Hathaway não deixou a desejar. Falo por mim, gostei da atuação dela. Divertida, ousada, exalando feminilidade… caiu muito bem no papel. Outro que agradou bastante é Joseph Gordon-Levitt, que interpreta Blake… e que no final… bem, não vou contar tudo… Joseph mas uma vez tem uma excelente atuação, dinâmico nas cenas, convincente e passando uma grande credibilidade em seu papel. Boatos antes do filme até diziam que Gordon-Levitt seria o novo Batman, em uma suposta nova trilogia… mas o final do filme, pode aguardar outra coisa para o ator. Marion Cotillard interpreta Miranda. Seu personagem é de fundamental importância na trama, com direito até a uma surpresa, para espanto de todos dentro da sala. Quem merece aplausos (e muitos) é Michael Caine. Uma interpretação impecável, e carregando boa parte do drama que a história tem. Caine emociona em praticamente todos os momentos, e quem sabe, pode até ser lembrado na noite do Oscar, porque ele merece sim, uma indicação. O filme ainda conta com Morgan Freeman e Gary Oldman, ótimos como sempre.

Christopher Nolan mais uma vez faz um filme perfeito, sem erros e uma direção precisa, ele cria cenas fantásticas. O que falar daquelas cenas aéreas envolvendo os dois aviões no começo do filme? Simplesmente espetacular. Nolan consegue nos transportar para Gotham City. Ficamos com medo do vilão Bane, tememos o que está acontecendo em Gotham, e isso faz com que queremos que o Batman apareça logo, e nos salve, e assim salve Gotham City. Falo assim, porque assim como eu, você que está lendo agora também será transportado para dentro da cidade de Gotham como eu fui, e isso graças ao trabalho deste gênio chamado Christopher Nolan. Isso só pra citar alguns exemplos. É bem verdade que o filme tem algumas situações clichês, mas Nolan fez dessas situações, fantásticas. Nolan também teve participação no ótimo roteiro. Outro que mais uma vez deu show foi Hans Zimmer… que trilha soberba… dá vontade de sair correndo pelo cinema, tamanho é o espetáculo que Hans Zimmer cria. E pensar que mais uma vez, ele pode passar em branco no Oscar. Ele venceu só com a trilha de O Rei Leão, mas a Acadêmia o ignorou em Gladiador, Batman: O Cavaleiro das Trevas e A Origem… mas ele não precisa de Oscar para provar que é um dos melhores compositores da história do cinema.

Além disso tudo, os efeitos especiais e sonoros estão excelentes. Vou destacar os sonoros, por que, o que são os barulhos nas cenas de luta? Meu Deus! Perfeitos. No primeiro confronto, Bane dá um murro na barriga do Batman, que eu senti como se fosse na minha. E em muitas outras situações, você imerge para dentro do filme.

Atenção! O texto a seguir contém spoiler.

O filme já começa a 300 por hora, digamos assim. Nolan dá um aperitivo do que está por vir durante todo o filme com uma cena de ação que envolve dois aviões. O diretor não esconde o vilão do filme, Bane, e já o mostra logo no início. E que personagem. Tom Hardy está fantástico, com uma postura realmente que amedronta qualquer um, e uma voz que eu vou dizer, FODA. Uma voz capaz de provocar pânico, tamanho é o terror que o personagem causa ao falar.

A expectativa aumenta agora pela aparição do Batman. Vemos um Bruce Wayne, que não está bem fisicamente, e a 8 anos sem vestir a roupa do homem-morcego. Mas devido aos acontecimentos na cidade, ele se prepara, e assim volta à ativa. Sua primeira aparição gerou aplausos da platéia, mas o seu primeiro duelo com Bane gerou drama. Bane da uma surra em Batman, com direito a quase quebrar a sua coluna. Assim, todos (Batman e público) percebem que Bane não é um vilão qualquer. Ele é forte, poderoso e com certeza será muito difícil detê-lo. Bane prende o Batman na mesma prisão em que ele já esteve preso. Onde de lá, apenas uma criança fugiu… seria essa criança Bane? Pelo menos era o que todos achavam…

Não conheço os quadrinhos do Batman, mas pelo menos no cinema, Bane foi o vilão mais perigoso que o Batman enfrentou. O título do filme com o “Ressurge”, não faz referência do Batman ter passado 8 anos sem agir, e depois ter o primeiro confronto com Bane. O “Ressurge” vem justamente depois que Bane o prende, onde Bruce recebe conselhos de alguns idosos da prisão, e finalmente consegue sair de lá para vir combater Bane em Gotham City.

Fim dos spoiler’s.

Mesmo fantástico, dificilmente Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge irá ganhar muitos prêmios. Apesar de merecer, nós conhecemos como esse jogo funciona. Mas o que importa é que o filme entrou para a história do cinema.

Nota: 10,0

The Dark Knight Rises, 2012. Direção: Christopher Nolan. Com: Christian Bale, Gary Oldman, Tom Hardy, Joseph Gordon-Levitt, Anne Hathaway, Marion Cotillard, Morgan Freeman, Michael Caine. 164 Min. Ação.

Evilmar S. de Almeida é comentarista de cinema do Claquetes. Instrutor de Informática por profissão e cinéfilo por natureza, é fundador e Editor Chefe do Claquetes desde 2011.

Os Melhores de 2011

O ano de 2011 chegou ao fim, e com ele foi a hora de apurar para saber quais foram os destaques no Cinema nas categorias: Filme, Diretor, Ator e Atriz. A escolha foi feita através do Facebook, e o Claquetes fez a apuração. Obrigado a todos que participaram das escolhas.

Melhor Filme

1º) Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 255%
2º) X-Men: Primeira Classe21%
) Planeta dos Macacos: A Origem18%

Como já era de se esperar, o último capítulo de Harry Potter venceu melhor filme. A conclusão da saga que levou os cinéfilos as lágrimas arrebatou mais da metade dos votos. Os mutantes dos X-Men surpreenderam, e os votantes gostaram muito desta surpresa, e com isso o filme ficou em segundo. Planeta dos Macacos trouxe muita ação, e um  Andy Serkis incrível, e com isso ficou com o terceiro lugar.

Melhor Diretor

1º) David Yates – Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 250%
2º) Rupert Wyatt – Planeta dos Macacos: A Origem27%
3º) Darren Aronosfsky – Cisne Negro15%

Mesmo adaptando um livro, mesmo sendo uma saga já consagrada, e mesmo sendo um diretor pouco conhecido, o público escolheu David Yates como melhor diretor de 2011 com metade dos votos. Rupert Wyatt ficou com o segundo lugar, enquanto Darren Aronosfsky com o seu surpreendente Cisne Negro ficou em terceiro.

Melhor Ator

1º) Selton Mello – O Palhaço42%
2º) Andy Serkis – Planeta dos Macacos: A Origem40%
3º) Christian Bale – O Vencedor12%

A disputa mais acirrada, e que só foi decidida no último dia de votação. O público escolheu Selton Mello e sua espetacular atuação em O Palhaço, para ser o melhor ator de 2011. Colado em segundo, o sempre ótimo Andy Serkis que interpretou o macaco Caesar. Christian Bale e a sua fantástica atuação em O Vencedor arrematou o terceiro lugar.

Melhor Atriz

1º) Natalie Portman – Cisne Negro77%
2º) Anne Hathaway – Amor & Outras Drogas15%
3º) Neve Campbell – Pânico 45%

Já era esperado. Natalie Portman venceu tudo o que tinha direito em 2011. E aqui não foi diferente. Ela praticamente destruiu na votação fazendo praticamente 80% dos votos. Anne Hathaway conseguiu ficar em segundo lugar, com uma bela atuação em Amor & Outras Drogas. E quem diria, a volta de Pânico ao cinema rendeu a Neve Campbell o terceiro lugar.

Então é isso, obrigado a todos que ajudaram a escolher Os Melhores do Ano em 2011 nas principais categorias… Ano que vem, tem mais…

Evilmar S. de Almeida

Oscar 2011

O Discurso do Rei, A Rede Social, A Origem, O Vencedor e Toy Story 3 são os destaques.

Anne Hathaway e James Franco, os apresentadores da 83ª Edição do Oscar

A noite mais importante do Cinema começou com uma ótima abertura com montagens dos filmes que concorriam ao Oscar de Melhor Filme envolvendo os apresentadores da festa, Anne Hathaway e James Franco. E quanto a apresentação da dupla durante a festa, o que vimos foi uma Anne Hathaway bem a vontade, e dando conta do recado e um James Franco, digamos, contido. Mas mesmo com James um pouco contido, a dupla conseguiu fazer uma boa apresentação.

Não demorou muito e as estatuetas começaram a ser entregues… Tom Hanks, veio ao palco e entregou dois Oscar’s. Direção de Arte, para Alice no País das Maravilhas e Fotografia para A Origem.

Depois foi a vez de uma lenda de Hollywood subir ao palco: Kirk Douglas. Ele fez uma entrega bastante animada do Oscar de Atriz Coadjuvante para Melissa Leo que fez uma grande atuação em O Vencedor, e mereceu ganhar.

Lee Unkrich, diretor de Toy Story 3.

Justin Timberlake e Mila Kunis anunciaram os vencedores de animação. Na categoria Curta Metragem de Animação, ficou para The Lost Thing, enquanto o Oscar de Melhor Animação como já era esperado, foi para o perfeito Toy Story 3.

Josh Brolin e Javier Bardem entregaram o Oscar de Roteiro Adaptado para A Rede Social e Roteiro Original para O Discurso do Rei. Era esperado que A Rede Social ganhasse, já que dizem (não li o livro) que o livro é fraco, e conseguiram torná-lo um filme muito interessante. Já Roteiro Original, muitos diziam que A Origem levaria, mas acabou com O Discurso do Rei… mas, cá entre nós, originalidade é A Origem… e merecia ganhar.

A Rainha Helen Mirren subiu ao palco ao lado de Russel Brand e em meio a uma bem divertida entrega, o Oscar de Filme Estrangeiro ficou com Em Um Mundo Melhor, uma produção da Dinamarca.

Depois, foi a vez do “Batman” subir ao palco para pegar o seu Oscar. Christian Bale levou como Ator Coadjuvante, com a sua brilhante atuação em O Vencedor. Uma das vitórias mais merecidas da noite.

Melhor Trilha Sonora foi para A Rede Social. A trilha feita pela dupla Trent Reznor e Atticus Ross, desbancou o favorito da categoria, o sempre competente Hanz Zimmer que brilhou na Trilha de A Origem. Se A Origem perdeu Trilha Sonora, ela arrebatou os Oscar’s na categoria de som, fazendo dobradinha com os Oscar’s de Mixagem de Som e Edição de Som.

No começo da festa, o Oscar homenageou E O Vento Levou… depois Titanic, e quando Cate Blanchett subiu ao palco, foi a vez de O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei ser homenageado. Logo depois, Cate entregou dois Oscar’s: Maquiagem ficou com O Lobisomem, de longe o melhor de todos que estavam concorrendo. E depois a estatueta de Figurino foi para o colorido Alice no País das Maravilhas.

Documentário em Curta-Metragem ficou com Strangers no More, que era o favorito. Curta Metragem ficou com o bobo God of Love. E na categoria Documentário, a co-produção Brasil/Inglaterra Lixo Extraordinário, perdeu para Trabalho Interno… não foi dessa vez que o Brasil levou um Oscar.

A dupla de Sherlock Holmes, Robert Downey Jr. e Jude Law, subiu e entregou O Oscar de Efeitos Visuais para A Origem. Seria uma grande injustiça se A Origem não tivesse ganhado. A dupla ainda entregou o Oscar de Melhor Montagem para A Rede Social, que desbancou o favorito da categoria que era Cisne Negro.

As canções originais foram apresentadas com apresentações ao vivo. E o Oscar de Canção Original foi entregue para a música de Randy Newman “We Belong Together” do filme Toy Story 3, não é a melhor canção, visto que “I See The Light” de Enrolados, além de ser mais bonita, casa perfeitamente com o filme. Mas, visto a perfeição de Toy Story 3, a Acadêmia faria de tudo para entregar o maior número de Oscar’s possíveis a Toy Story 3.

Uma das maiores injustiças da noite aconteceu na premiação para Melhor Diretor, onde Tom Hooper ganhou por O Discurso do Rei. Todos esperavam que David Fincher levasse, já que Fincher é muito mais diretor em A Rede Social, do que Hooper em O Discurso do Rei. E a carreira de Fincher, pede faz tempo que ele ganhe um Oscar: Seven, Clube da Luta, Benjamim Button

Se houve injustiça para Melhor Diretor, houve justiça nas categorias Melhor Atriz e Melhor Ator. A favorita Natalie Portman levou na categoria Melhor Atriz por sua brilhante atuação em Cisne Negro, em um discurso emocionante, a bela foi às lágrimas. Melhor Ator ficou para Colin Firth por O Discurso do Rei, outro que já merecia o Oscar faz tempo.

Natalie Portman e Colin Firth recebendo os seus prêmios.

Um dos maiores diretores de todos os tempos, Steven Spielberg, foi o encarregado de dar o Oscar de Melhor Filme. Antes dele falar, teve um vídeo muito bom com os dez indicados, e o vídeo só fez aumentar a ansiedade para saber quem levaria. Alguns apostavam em A Rede Social, outros O Discurso do Rei. A Origem cresceu durante a premiação com os seus quatros Oscar’s, e ficou sendo um dos possíveis vencedores… e outros mais audaciosos, apostavam que pela primeira vez na história, uma animação venceria com Toy Story 3. E não é por menos, já que Toy Story 3 é uma obra de arte.

Mas quando Spielberg falou, e declarou O Discurso do Rei como vencedor de Melhor Filme, a glória banhou o filme. Agora cá entre nós, O Discurso do Rei é um filme muito bem feito, e é um ótimo filme, mas não é tudo isso para ganhar. A Rede Social, Cisne Negro, A Origem e Toy Story 3 são melhores do que ele.

A equipe de O Discurso do Rei recebendo o Oscar de Melhor Filme.

Pois bem, esse foi o Oscar 2011. Mais uma bela festa aconteceu, agora é esperar e ver quais filmes serão os destaques do Oscar 2012. Será que um certo bruxo será o maior vencedor do ano que vem? Até 2012…

Christian Bale, Natalie Portman, Melissa Leo e Colin Firth, atores e atrizes vencedores do Oscar.

Ranking de Estatuetas:

1º) O Discurso Do Rei4 Oscar’s;
2º) A Origem4 Oscar’s;
3º) A Rede Social3 Oscar’s;
4º) Toy Story 3 2 Oscar’s;
5º) O Vencedor2 Oscar’s;
6º) Alice no País das Maravilhas2 Oscar’s;
7º) Cisne Negro1 Oscar.

Evilmar S. de Almeida

Cinema: O Vencedor

Garra, Determinação e Superação…

Mark Wahlberg e Christian Bale em “O Vencedor”.

Filmes sobre boxe não é novidade no cinema. O maior lutador da história do cinema é Rocky Balboa eternizado por Sylvester Stallone… mais também devemos lembrar de Russell Crowe em “A Luta Pela Esperança“, Hilary Swank em “Menina de Ouro” e Will Smith em “Ali“.

Neste “O Vencedor” temos mais uma história de superação contada utilizando o boxe como plano de fundo. Mas o que poderia ser algo repetitivo, torna-se brilhante nas mãos do Diretor David O. Russell. Na trama, Micky Ward (Mark Wahlberg) tenta se tornar um Campeão. Para isso ele é treinado pelo seu irmão, o ex-lutador e agora viciado em craque Dicky Ecklund (Christian Bale).

Russell não tem medo de colocar os problemas pelos quais esta família passa, e escancara todos eles para o público. O que falar do documentário que é feito dentro do filme, falando sobre Dicky? Perfeito. Russell também não apela para cenas clichês para fazer o público chorar, e sim, ele consegue emocionar nas cenas mais simples, como na cena em que a personagem de Amy Adams vai até a casa de Micky Ward. Os dois se olham e se abraçam sem falar nada. Excelente cena.

Outro grande destaque são as atuações deste filme. Dos quatro personagens que movem a história três estão concorrendo ao Oscar: Christian Bale (Ator Coadjuvante), Melissa Leo e Amy Adams (Atriz Coadjuvante). Mark Wahlberg acabou não entrando na disputa mais também está ótimo no filme. Agora o filme é de Christian Bale. Bale está perfeito em seu papel! A cena em que ele está na prisão, assistindo ao seu documentário e percebe que jogou a sua vida fora, é demais! E no final o discurso que ele faz para o personagem de Mark Wahlberg é simplesmente uma das melhores cenas dos últimos tempos no cinema. Melissa Leo mostra uma frieza espetacular nas suas cenas, e Amy Adams mostra que sabe convencer em um papel dramático.

Pra quem gosta de rock, a trilha sonora é destaque com Aerosmith, Led Zeppelin, Rolling Stones… enfim muita coisa boa, que só deixam melhor este grande filme!

O Vencedor, concorre a 7 Oscar’s incluindo: Melhor Filme, Diretor, Ator Coadjuvante, Atriz Coadjuvante, entre outros…

Nota: 9,5

The Fighter, 2010. Direção: David O. Russell. Com: Mark Wahlberg, Christian Bale, Amy Adams, Melissa Leo. 115 min. Drama.

Evilmar S. de Almeida